É tremendo sentir a presença de Deus fluindo em meio a uma reunião no meio da adoração a Ele. Quando isso acontece nossa tendência é imaginar até quando Deus vai operar ou como Ele irá fazer. É justamente aí que começamos a deixar de aproveitar aquele momento e passamos analisá-lo.
Chama muita minha atenção o episódio do pentecostes descrito em Atos 2. O texto diz a partir do primeiro versículo:“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;”A primeira semelhança entre aquela igreja e a nossa é a necessidade de comunhão. O significado da palavra “concorde” é: aquele que está de acordo; da mesma opinião; concordante.
Ou seja, a palavra enfatiza que pra vivermos a presença manifesta de Deus precisamos estar em comunhão. Isso elimina brigas, intrigas e guerras internas.“E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.”Interessante imaginar que no exato momento que esse “vento veemente” (forte, impetuoso) entrou na casa, como chama a Bíblia, as pessoas estavam assentadas. Isso nos leva a entender que o pentecostes não está diretamente ligado a altura do som e nem necessariamente direcionado a louvor e adoração. É comum em nossos cultos ligarmos presença de Deus a brados, palmas, músicas e saltos.
Há um mês participei de um culto em minha cidade dirigido por um pastor calmo, sereno e tranquilo. A princípio temos a mania de acreditar que será um culto “monótono” sem muitas revelações ou novidades, mas a medida que aquele homem falava, Deus ia falando conosco profundamente a ponto de gerar emoções diversas em todos que ali estavam.
O agir de Deus não está limitado há certo período, instrumento, ou nem mesmo a intensidade, altura ou postura do pregador.Ao final do texto no versículo 44 a palavra destaca: “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.”Comunhão não é algo essencial apenas por fazer bem a nossa alma. O texto de Colossenses que nos instrui a suportar uns aos outros nos coloca novamente em comparação com as atitudes de Jesus. “… assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” A via é de mão dupla. A palavra não é apenas para que os outros te suportem, na realidade ela ensina a cada um que devemos suportar uns aos outros.
Isso gera e fortalece nossa comunhão, molda nosso caráter e nos prepara para, juntos, vivermos a presença do Rei e da manifestação de seu vento impetuoso.
Paz e vitória ao povo de Israel!
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