Quando foi ungido, Davi não sabia o que lhe aconteceria. Ele ainda não conhecia Golias. Assim também, os que começam uma caminhada com Deus ou um ministério, não têm a ideia exata do que lhes está reservado. Muitos se iludem com a expectativa de uma jornada tranquila. Estes, diante dos desafios, murmuram e sentem-se decepcionados (Mt 13.20-21).
Entre a unção e o trono, haveria um longo caminho a percorrer: dificuldades, obstáculos, desafios, adversários e batalhas. Apesar de a unção, tão importante e imprescindível, chegar ao trono não seria fácil ou automático, mas uma luta árdua que se estenderia por muitos anos.
Depois da unção, vem a oposição, até mesmo de onde menos se espera: da família (Mt 10.36). O próprio irmão de Davi irritou-se contra ele e o criticou (1Sm 17.28). Afinal, Eliabe era o primogênito, o primeiro candidato no dia da unção, mas Deus o havia rejeitado (1Sm 16.6). Deveria ser muito difícil para ele ver o irmão mais novo alcançando posição de maior destaque. A inveja produz inimizade e ódio.
Saul, que amou Davi quando o conheceu (1Sm 16.21), tornou-se logo seu inimigo, também por inveja, ao ver que o jovem se tornava um sucesso popular (1Sm 18.6-16).
Davi enfrentou adversários externos (Ex.: Golias) e internos (Ex.: Saul), mas cada um deles era necessário no caminho daquele jovem para que ele tivesse experiências com Deus pela fé, manifestasse seu caráter, desenvolvesse habilidades, amadurecendo e tornando-se cada vez mais apto para reinar.
Da mesma forma, todo aquele que se converte ao evangelho de Jesus Cristo enfrenta tribulações, críticas e perseguições. O próprio Mestre, após o batismo, quando ia começar seu ministério, teve que enfrentar Satanás no deserto. Depois, vieram os encontros diários com os fariseus, saduceus, escribas, sacerdotes e Judas Iscariotes.
Voltando à história de Davi, o moço prosseguia firme, apesar da resistência que surgia, pois sobre ele havia a promessa do reino. A palavra do Senhor e a unção do Espírito Santo lhe davam força para prosseguir.
Ele precisava lutar, mas não estava em suas mãos a solução de tudo. Matou Golias, mas não poderia matar Saul. Precisava depender do Senhor nesse assunto, esperando o tempo de Deus.
Muito bom seu texto, realmente quando estamos firmes com amor e zelo a obra, sempre surge as lutas, invejas e disputas... não só de fora, mas de dentro(Igreja). Aquele que confiamos e que deixamos nossos esforços em ajudar sempre são os que se levantam contra nós (Saul). Sempre tem um que se levanta. Bjs, amei seu texto falou muito comigo!
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